segunda-feira, 31 de maio de 2010

Conceito / Êxtase

Meu, vou começar esse texto, que na verdade fala sobre êxtase (não a droga, mas o sentimento “estar extasiado” já me queixando de não conseguir achar o título adequado, por isso, coloco dois e vocês, meus caros leitores (só eu) fique com o que gostar mais...


É impressionante como a gente pode ser tão tonto a ponto de querer imaginar o que alguém pensa a nosso próprio respeito... Isso ocorreu comigo. (Aliás, não sei dizer o que nesse gblo que não aconteceu comigo – a propósito vou explicar para todos os que me perguntam e me acham um estúpido a tradução de gblo: gblo nada mais é do blog na guagemlin do trariocon, ou seja, na linguagem do contrario, agora se vira e pensa um pouco.)

Bom, vamos ao que interessa...

Eu, antes de me relacionar com a cidadã que colou entre meu sobrenome e o nome de meu filho, o sobrenome dela, tive outros relacionamentos, porém apenas dois nos quais me envolvi. O primeiro deles nem vem ao caso, o tempo colocou entendimento em tudo e somos amigos, numa boa, o segundo, que realmente era uma pessoa na qual tinha muita admiração e respeito é o que vou citar nesse texto...

Bom, essa moça conheci no Villa Country, no tempo que eu ia sempre e até sabia uns passinhos de dança (pois é, no auge dos meus 100kg eu danço... parem de rir!) sentia uma coisa muito sincera e bonita por ela, gostava mesmo. Digo com a mesma certeza de que o fogo queima, que a amei... Bom, sigamos... Apesar do sentimento envolvido de nossa parte, acabamos sendo influenciados por terceiros e momentos... Eu muitas vezes fui um babaca, de verdade. Ela também teve o lado dela... E terminamos de uma forma meio traumática... Eu nunca gostei do nosso fim, sempre ficou algo meio errado em minha mente, achava que ela tinha ficado muito magoada comigo e que nunca mais, nem mesmo se tivéssemos a oportunidade, ela não falaria mais comigo e sempre haveria a falta de pelo menos um “pedido de desculpas” da minha parte.

O tempo passou, encontrei outra pessoa com quem passei bons momentos também, como os meus bons leitores (torno, apenas eu) sabem vivi um tempo sob o mesmo teto e foi meio “traumático”... Nesse tempo cheguei a pensar que nunca mais teria a oportunidade de ter qualquer tipo de contato com essa moça. Pois aí que vemos as voltas que o mundo dá...

Com o passar dos meses eu me separei e voltei a ir para o Villa... Incrível, via todo mundo por lá, inclusive ela, mas ela nem se esforçava pra olhar na minha cara, aliás, era craque em fazer cara de invisível comigo (“cara de invisível” eu peguei do Decão, valeu parceiro), isso só fazia minha cabeça pensar nas coisas, cheguei a comentar com um grande amigo meu, que estava pensando em mandar um e-mail, só para falar que fui um estúpido, mas que a admirava muito, ela e a família dela, esse amigo, por sua vez, me aconselhou a não fazer isso, até então eu não sabia porque.

Dia desses eu combinei com ele (o amigo de nome oculto) de irmos ao bom e velho Villa Country. Chegamos lá, encontramos algumas amigas e tal, mas nada demais, para ser sincero nem havia visto a ex (também de nome oculto... rs) por lá, só notei que O oculto sumiu e logo notei que O oculto estava dançando com A oculta na minha frente. Quando a música terminou ele estendeu o braço pra mim e disse assim:

__ Vem aqui dar oi para a... - eu ia dizer o nome, mas acho que oculto é mais bacana, vamos tentar de novo:

__ Vem aqui dar oi a oculta!

E esticou a mão para mim, segurando a mão dela, nos cumprimentamos e começamos a conversar... Agora vocês lerão algo bem sincero de mim... Até meio boiola, mas vamos que vamos...

Eu nunca pensei, eu juro, eu nunca pensei que ela ia me dizer aquelas coisas... Vou tentar narrar algumas partes da conversa:

__ E aí, como você está?

__ Bem graças a Deus, quase louca com a faculdade, mas bem!

__ Ah, mas você já está para ser formar e vai ver que, tudo isso valeu a pena! – talvez as próximas falas não tenham suma importância, então vou pular algumas

__ Olha, eu queria te pedir desculpas por um monte de coisas que aconteceram

__ Dani, não tem nada que me pedir desculpas, acho que naquela época nós fomos muito influenciados pelo que outras pessoas nos falavam e acabamos nos perdendo

__ Eu também acho, mas também fui um babaca em várias ocasiões e não quero que pense mal de mim, sempre te admirei.

__ Dani, você e sua família são pessoas incríveis, das quais eu tenho o maior respeito e admiração. E tem mais, eu nunca menti sobre os meus sentimentos, sempre fui sincera com você.

__ Eu também. – Eu também, isso foi tudo o que eu conseguia dizer a ela, vez que ela me falou quase tudo o que eu queria dizer... Meu olho encheu de lágrima, uma espécie de euforia, admiração, orgulho dela... Êxtase... Eu estava em êxtase... Frenesi eu diria se minha opção sexual fosse outra... Quando eu não ia mais resistir, que a lágrima ia rolar eu tomei a liberdade de abraçá-la e dizer:

__ Eu to quase chorando, vou borrar a maquiagem...

Ela sorriu e respondeu:

__ Não chora porque se você chorar, eu choro também.

Após uma breve pausa, ela me chamou para ir dançar. Dançamos, ela me passou novamente seu número de telefone brincando pois eu não o tinha mais e ela tinha o meu e eu disse:

__ Eu tenho tanta coisa que quero conversar com você!

__ E vamos conversar. Sempre agora! Me liga sempre que quiser.

Eu acho que consegui resumir bem o assunto e o sentimento, talvez apenas não consegui encontrar palavras apenas para expressar corretamente o que senti (o lance do êxtase, acho que é algo mais forte, sei lá). O importante é sabermos que isso levou algum tempo, logo ela foi embora e eu fiquei lá, encostado no palco, ouvindo músicas sertanejas e pensando... Pensando em 1, 2, 3 anos... Pensando durante algumas horas eu diria...

Com isso tudo o que eu digo é: Fiquei um tempão achando que ela não queria me ver nem pintado de ouro, ela, pelo que percebi, achava que eu achava o mesmo e olha quanta bobagem... Tem pessoas que tem o espírito elevadíssimo... Não saberia nem dizer o quanto, mas sei dizer o quanto as pessoas podem marcar nossas vidas... Eu não sei como será o meu amanhã, mas sei bem como foi meu ontem, sei o que me fez bem e o que me fez mal e sei o quão pessoas pode em algumas horas se tornarem nada e outras, no mesmo tempo se exaltarem, mas sem se exaltar, saca?! Porque são grandes por natureza...

Para terminar, gostaria muito de agradecer ao meu amigo (neste caso não o Decão que me forneceu algumas palavras engraças para florear meu gblo), mas o meu amigo aqui citado como “O oculto”... Amigão, sem você eu não teria dado esse passo agora... Muito obrigado... Obrigado também “A oculta”... Talvez você ainda não saiba o quão especial você é e não é demagogia não, você se faz assim, naturalmente!!! Todas as vezes que eu penso que não, você cresce no meu conceito!!!

Chega por hoje, né?! Abraço pros mano, beijo pras mina e muito obrigado por visitarem o Sai do Meu Colo!!!

Valeu gente!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

FODA

Tem dia que não é para sairmos de casa mesmo! Ontem começou um lance que parecia inferno astral (mas meu aniversário se faz longe, graças a Deus). Vamos ao início...

Ontem peguei Zinedini Zidane (meu Citroën 99 com coração 79) e rumei para o trabalho. Trabalhei, fui para casa, tudo muito bem. Chegando em casa, meu pequeno estava lá (meu filho) ótimo, brinquei com ele, dei comida, banho, troquei a fralda... Essas coisas de pai babão. Daí a mãe dele me ligou para levá-lo para ela. Fui, tudo direitinho. Quando voltava para casa ele (Zidane) deu uma engasgada, como de praxe, conversei com Zizu: “Viu quisto, temos um combinado, lembra? Eu disse que ia te consertando aos poucos e iríamos rodando. Houveram meses em que eu te consertei mais do que andei, agora chegou a hora de andar mais do que consertar”. Ele pareceu entender o que eu havia dito e rumou com o coração batendo sempre sentido zona leste.

Bom, uns quatro quilômetros depois o bicho dá mais uma engasgada, mais acentuada, eu já me liguei que ele não estava nem aí pro lance do meu pagamento estar atrasado 15 dias e que ia dar pau... Tudo o que eu consegui pensar foi “Tomara Deus que esse arrombado chegue em casa”. Ah ta, chegou! Só porque eu queria, né?! Quando cheguei na frente do Shopping Itaquera o bicho resolveu que ia morrer (Zinedini é automático, morrer é coisa de outro mundo teoricamente). Parou. Depois de ir daqui e de lá e constatar que eu não tinha equipamentos para arruma-lo, liguei para meus pais para me levarem umas chaves e um cabo de chupeta (eu juro, estava a cinco minutos de casa). Logo eles chegaram, dei um “arrocho” no parafuso que controla a aceleração da marcha lenta, pro danado ter um approach melhor, fiz uma chupeta do bicho no “carro de mainha” e resolvi tentar fazer ele chegar em casa...

Como disse antes, era um trajeto de cerca de cinco minutos... Levei vinte... Meu carro andava a 2Km/h, engasgando, estourando pelo escapamento, morrendo... Qualquer subidinha o danado não queria subir... Agora vem a parte engraçada da estória. O carro parou de novo, meu pai e minha mãe vinham no carro atrás... Meu pai desceu do carro e empurrava o carro na subidinha pra ajudar o motor a subir... rs. Um frio do cão, garoa, e o véio lá, empurrando o carro... rs. Ele é demais! Rs.

Bom, o carro chegou em casa, estacionei e perdi as contas de quantas pessoas me achincalharam em menos de 1Km, xingaram minha mão com ela atrás de mim... Foi terrível!

Para continuar a saga, hoje acordei puto... Pensei comigo: “Eu tinha R$ 80,00 para ir e vir do trabalho, usei essa grana para por gasolina no carro, que por sua vez está quebrado, e agora José, como vou pegar o ônibus”? Nessa de pensar, comecei com uma crise de “água-bostal”. Porra, que foda, acordei puto, fudido e me cagando! Já saí atrasado de casa e cheguei atrasado no serviço. Um frio do cão, só espero que não chova, porque a volta, mais uma vez, é de busão!

Não sei, mas algo que me diz que eu deveria ter ficado em casa...

Ah, e só para constar, disse que meu aniversário "se faz longe graças a Deus" pq sou aquariano nato... E gosto disso!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Passado

Bom, está na hora de dar uma mudada no rumo da nossa prosa aqui porque to parecendo conselheiro amoroso e essa não é a intenção desse barato aqui... Daqui a pouco estarão me enviando dúvidas e pedindo minhas sugestões sobre os relacionamentos (como se alguém lesse meu blog... kkkkkk). Bom, se quiserem fazer isso, façam, mas deixo bem claro que vou dizer o que acho e não o que você gostaria de ouvir... rs.

Vamos que vamos!

Recentemente tive um encontro animal com o passado! Vou começar pelo começo (“Ah vá” – como diria o Pânico na TV- rs)

Minha mãe comprou um GPS há uns dois meses mais ou menos. Para testar, colocamos ele no carro, traçamos uma rota e fomos ver no que dava. A rota era simples, ir da onde moramos, para onde morávamos, uns 4 km de distância aproximadamente. Bom, fomos, tudo muito legal (até o ponto que isso pode ser legal). Quando chegamos lá encostei o carro para traçar a rota para voltarmos (ta bom, eu sei que isso é cretino). Quando olhei para baixo, vinha subindo a rua um grande amigo meu! Das antigas! Desci do carro e fui conversar com ele, que estava subindo a rua com sua namorada, depois de nos abraçarmos ter aquele “remember”, trocamos telefone e segui rumo a minha casa, novamente guiado pelo GPS (como se eu não soubesse o caminho... rs).

Bom, decorrido alguns dias veio a páscoa, esse meu amigo me ligou, falou que o pessoal estava lá na rua, mas eu não podia ir e não fui. Na véspera do último feriado me ligou novamente, dizendo que estava com mais um amigo nosso das antigas lá na rua, esse amigo andava sempre com a gente, mas mudou para o Sul e havia uns nove anos que nós não nos víamos. Fui pra lá, conversamos um tempo, foi muito legal. Depois disso nosso amigo voltou para a cidade dele e eu voltei a me aproximar do pessoal da Cohab 1, lugar onde cresci. Lá nós éramos felizes... Era a época de ir pra escola e ficar na rua conversando, sem grandes responsabilidades, risadas fáceis, etc. Jogo da verdade, contar estórias de terror, falar sobre o futuro, tocar violão... Naquela época nem mulher a gente tinha e nem tínhamos previsão de quando teríamos uma... Os visinhos ficavam doidos com as gargalhadas na madrugada e as longas noites com os violões fazendo as mesmas notas no ritmo da Legião Urbana... rs. E, por incrível que possa parecer, era muito legal! Éramos um grupo grande. Hoje um mora no Japão, outro no Sul, as meninas em sua maioria são mães, muitas mudaram, um dos nossos amigos hoje é um viciadinho de merda que a gente mal tem assunto pra tratar com ele, apesar de gostarmos muito dele. Antes... Como pode tanta coisa mudar? Como podemos mudar tanto?! Esse nosso amigo que trilhou “maus caminhos”, digamos assim, era sempre o primeiro a criticar os que fumavam... E foi o primeiro a conhecer a cocaína... Aliás, foi o único.

Hoje as ruas da nossa Cohab estão mais vazias, muita gente mudou, gente nova chegou e poucos ainda vivem. Esse meu amigo, o que voltei a ter contato, vai casar ano que vem. Sábado estivemos juntos conversando e relembrando os velhos tempos... Poxa, quanta coisa a gente fez, quantas risadas, besteiras que falávamos... Saudades do que não vai voltar, mas hoje sei muito bem que amigos de verdade sempre estarão por perto, podemos ficar 10 anos sem ver, mas quando vemos, é como se eles sempre estivessem ali, vendo o jogo de domingo com a gente!!!

Decisão

Bem, apesar de estarmos no dia seguinte da final do campeonato paulista de futebol e outros campeonatos Estaduais, não vou falar (escrever) sobre esse tipo de decisão. Ainda estou empolgado com o nosso último texto “Resposta”.

Vamos ao que interessa:

Bom, suponhamos que você colocou em prática o barato da resposta, e já está com ela nas mãos, aí chega a hora de tomar a atitude para mudar as coisas, o que para muitos também é algo bastante delicado.

Decisão 1: Você já trilhou seus caminhos, usou o tempo e decidiu que quer voltar, sua mulher, por sua vez, também. – Essa é a situação mais fácil. Basta sentarem, conversar e colocar os “pingos nos i’s”. Tudo muito bom, muito bem, muito legal. Você não ta mais na pegada de sair, não gostou de morar sozinho ou de voltar a morar com os pais, ela também não e resolveram voltar e ficarem juntos. Que bom! Aliás é uma boa situação pois além do casal, no caso de ter filhos, isso será bom para eles também, pois terão a família por perto...

Decisão 2: Você decidiu que não quer mais, mas ela diz que quer estar ao seu lado. – Infelizmente as vezes temos que ser egoístas, pensar na gente e na nossa felicidade... Isso não lhe fará gostar mais ou menos dela, etc. você provavelmente tem filhos, muitas coisas virão na sua cabeça. Mas a pergunta que faço é: “Quanto tempo você ficará ao lado de alguém que você já provou para si mesmo que não te agrega mais felicidade, sendo fiel, companheiro, etc.?” Imagine só, chegando sexta-feira, você querendo ir para uma balada e sua mulher te chama para acordar cedo no sábado para ir a casa da mãe dela. Ir a casa da mãe dela geralmente não é fácil nem quando você ta numa boa... rs. Enfim, de qualquer forma, acho que é uma coisa bem mais honesta, sincera e sensata. É melhor sair de uma relação de cabeça erguida, com a sinceridade, podendo olhar para seus filhos e viver o melhor que puder com eles do que ser descoberto dando mancada, sair de casa de cabeça baixa, com as crianças perdendo a confiança em você... É o que eu acredito.

Decisão 3: Você decidiu que quer estar com ela, mas ela decidiu que não quer estar contigo. – Aí sim, é provável que você fique mal... De qualquer forma, é um risco que você sabia que estava correndo e resolveu abraça-lo... Mas isso não é o fim do mundo não. Acho que a melhor maneira de ficar bem é continuar saindo, ir fazer suas coisas, sem se fechar na solidão de um quarto e uma cama, saia, vá ver o mundo. Não te digo para sair pegando o mundo (se não quiser) mas esteja no mundo porque você não via correr o risco de ficar doente, etc. Seus filhos sempre serão seus filhos e te amarão, faça de tudo para ficar o máximo de tempo com eles e quando estiver sozinho, vai andar a toa, passear, vá ao parque, ao cinema, jogar vídeo-game com os amigos (porque não?), vai pra balada e viva! Na hora certa alguém aparece e você terá a vivência suficiente para encarar tudo com mais frieza e naturalidade!

Gostaria de deixar bem claro que tudo o que eu escrevi foi com a primeira pessoa se reportando a uma mulher, mas é claro que se você, minha leitora, gostou, serve também, é só mudar o “ele” para “ela” e vice-versa.

Bom, por hoje é isso. Sei que as vezes meio confuso, mas sempre compreendido!!!

Abraço!