segunda-feira, 3 de maio de 2010

Passado

Bom, está na hora de dar uma mudada no rumo da nossa prosa aqui porque to parecendo conselheiro amoroso e essa não é a intenção desse barato aqui... Daqui a pouco estarão me enviando dúvidas e pedindo minhas sugestões sobre os relacionamentos (como se alguém lesse meu blog... kkkkkk). Bom, se quiserem fazer isso, façam, mas deixo bem claro que vou dizer o que acho e não o que você gostaria de ouvir... rs.

Vamos que vamos!

Recentemente tive um encontro animal com o passado! Vou começar pelo começo (“Ah vá” – como diria o Pânico na TV- rs)

Minha mãe comprou um GPS há uns dois meses mais ou menos. Para testar, colocamos ele no carro, traçamos uma rota e fomos ver no que dava. A rota era simples, ir da onde moramos, para onde morávamos, uns 4 km de distância aproximadamente. Bom, fomos, tudo muito legal (até o ponto que isso pode ser legal). Quando chegamos lá encostei o carro para traçar a rota para voltarmos (ta bom, eu sei que isso é cretino). Quando olhei para baixo, vinha subindo a rua um grande amigo meu! Das antigas! Desci do carro e fui conversar com ele, que estava subindo a rua com sua namorada, depois de nos abraçarmos ter aquele “remember”, trocamos telefone e segui rumo a minha casa, novamente guiado pelo GPS (como se eu não soubesse o caminho... rs).

Bom, decorrido alguns dias veio a páscoa, esse meu amigo me ligou, falou que o pessoal estava lá na rua, mas eu não podia ir e não fui. Na véspera do último feriado me ligou novamente, dizendo que estava com mais um amigo nosso das antigas lá na rua, esse amigo andava sempre com a gente, mas mudou para o Sul e havia uns nove anos que nós não nos víamos. Fui pra lá, conversamos um tempo, foi muito legal. Depois disso nosso amigo voltou para a cidade dele e eu voltei a me aproximar do pessoal da Cohab 1, lugar onde cresci. Lá nós éramos felizes... Era a época de ir pra escola e ficar na rua conversando, sem grandes responsabilidades, risadas fáceis, etc. Jogo da verdade, contar estórias de terror, falar sobre o futuro, tocar violão... Naquela época nem mulher a gente tinha e nem tínhamos previsão de quando teríamos uma... Os visinhos ficavam doidos com as gargalhadas na madrugada e as longas noites com os violões fazendo as mesmas notas no ritmo da Legião Urbana... rs. E, por incrível que possa parecer, era muito legal! Éramos um grupo grande. Hoje um mora no Japão, outro no Sul, as meninas em sua maioria são mães, muitas mudaram, um dos nossos amigos hoje é um viciadinho de merda que a gente mal tem assunto pra tratar com ele, apesar de gostarmos muito dele. Antes... Como pode tanta coisa mudar? Como podemos mudar tanto?! Esse nosso amigo que trilhou “maus caminhos”, digamos assim, era sempre o primeiro a criticar os que fumavam... E foi o primeiro a conhecer a cocaína... Aliás, foi o único.

Hoje as ruas da nossa Cohab estão mais vazias, muita gente mudou, gente nova chegou e poucos ainda vivem. Esse meu amigo, o que voltei a ter contato, vai casar ano que vem. Sábado estivemos juntos conversando e relembrando os velhos tempos... Poxa, quanta coisa a gente fez, quantas risadas, besteiras que falávamos... Saudades do que não vai voltar, mas hoje sei muito bem que amigos de verdade sempre estarão por perto, podemos ficar 10 anos sem ver, mas quando vemos, é como se eles sempre estivessem ali, vendo o jogo de domingo com a gente!!!

Um comentário:

  1. Vou ler essa porra a partir de agora!
    Sou a primeira a comentar aqui? Caracas! Você tá fraco de seguidores, hein?!
    Só quero que saiba que concordo mto com o seu pensamento acima sobre os amigos. É por isso que eu sei que, mesmo longe, a nossa amizade nunca acabará.
    Você é truta, guerreiro de fé, vagabundo nato!
    Amo você!

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